ver
Não há união entre o que mora dentro e o que se expõe.
O caminho entre os dois é aquilo que faz girar a corda que a vida guia.
Mas cuidado pois ao pensar, a corda de tão delicada faz-se pesada, densa e obscura a passada.
Chorar é nada.
Chorar é sal. Chorar não se compara ao que se rompe quando a corda é puxada.
Quisera ter cordas para escrever em melodias tudo aquilo que em alquimias compõe esta neblina.
A turva visão que nem com o choro é limpa.
Mas onde estou eu se não aqui enquanto escrevo?
É a tristeza não mais do que aquilo que permite a chuva que vem dissipar a neblina.
Ah quanto temer porque enquanto o céu é denso a mente é cega e não deixa viver.
Cada segundo de ilusão é menos uma verdadeira criação.
E é sem querer que se continua a querer.
Ah mas quisera saber sem querer esquecer o querer e apenas ver.
Ver como se não houvesse neblina.
Ver como se tudo fosse tão real e nada se quebrasse quando a verdade é desvendada.
Ver como se tudo pudesse ser transformado dentro desta realidade naquilo que esta realidade realmente é.
Ver.
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