14.6.11

A quem da janela olha os gatos

"Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu."

Fernando Pessoa

As pessoas concretas são como gatos e metade da vida fica explicada. A outra metade, quando imaginada, parece sempre ser tudo, mas vista da rua é nada.

3 Comentários:

Blogger Cristina disse...

Este poema diz muita coisa... *

6/14/2011 09:20:00 da manhã  
Anonymous Carlota disse...

A arte e a poesia conjugadas são duas expressões humanas sublimes e só possíveis para quem tem um grande talento como revelas neste blogge.
Quem tem a possibilidade de o visitar e exercitar a mente, o espírito e o olhar sente a luz de um arco-iris no seu dia e a paz das coisas simples e belas das nossas vidas.
Parabéns.
Carlota

6/18/2011 11:54:00 da manhã  
Blogger Rita Pessoa disse...

São as pessoas de alma unida que dão sentido à vida :) Sem elas tudo seriam ruas estreitas onde se anda de lado, o caminho seria de frente para as paredes e o céu seria apenas um risco meio apagado ***

6/18/2011 12:21:00 da tarde  

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